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  • Foto do escritorAna Maria

De quantos tropeços se faz uma caminhada?



O contato dos pés no chão, por si só, não é impedimento para que pedras cruzem o nosso caminho: sejam pedrinhas, pedregulhos ou pedreiras (essas têm dono, e que DONO!). 


Quando as vimos antes de trupicar, como dizem os mineiros, nos desviamos, porém, ao menor descuido, ah! É possível se deparar com pedras ainda maiores, inesperadas, julgadas intransponíveis no trajeto tão sonhado.


Sentir o incômodo que a mesma produz, quando pisada, chutada ou atiradas pelas costas, essas então, são esmagadoras.



Aqui, aprendo a ser natureza manifestando meu ser inovador diante dos desafios, buscando não culpar a pedra por ser pedra e a mim também por estar em seu caminho, revejo e reverencio o ancestre que fui.



Essa arte de se produzir afeto ou deixar que o afeto se manifeste,

é obra de Oxum, a Senhora que guia meus passos.

Capto a graça, na tortuosa curva chamada vida.


Ao me conectar com algo além, 

atento-me integrada aos vazios das possibilidades concedidas. 



Cada espaço vazio gerado abre outras lacunas 

são sulcos sinuosos forjados a fogo por Xangô no caminho de meu porvir. 


Convidada a observar as curvas e suas nuances, contemplo os seres que ali vivem e a forma com que vão se apresentando. 



Ressignifico a frustração navegante que sou da vida.

Refaço meu mapa náutico, e junto a Netuno e Janaína.


Atinando agora que as pedras propiciam saltos

para o desenvolver 

memórias de um mundo bom!



Ana Maria,

                 navegante das pedras preciosas com que me honraram o caminho. 



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