Em mim milhares de ais,
aí de mim se não ouvi-los!
Eles revelam o profundo de mim.
Já não me permito não saber de onde vem a dor.
Observo o céu que me presenteia com a lua,
todinha Lua, Cheia de Amor, Gozo da Vida que escolhi.
Como equilibrar a alma, assumir as consequências do caminho que busco andar.
Silencio o silêncio, meu corpo aprendeu a fazê-lo a duras penas,
aprendizado que o corpo recebe a cada volta que o mundo dá.
Passos dados, desejos manifestados à procura de conexão.
Alma, corpo e espírito:
tríade divina onde me isolo para poder alcançar e perceber
como colocar-me perante minha tribo e ancestres familiares.
Cada momento, uma reflexão que vamos transmutando,
da dureza imposta e celebrando a flexibilidade
que encontramos no caminhar tão vital.
Motivos de se ter razão, conectar-se com a intuição,
sentir a força que vem do vento, da água,
da sede de ser e de se impor,
de ter o direito de se modificar, desnudar-se,
despudar-se majestosamente lunática,
como um prisma refletindo todas suas nuances coloridas!
Ana Maria
30 de agosto de 2023
***
Quando sentimos a polifonia do universo e a composição infinita da verticalidade que nos conduz, já não faz mais sentido falarmos em "autoria" ou qualquer coisa que encarcere a expressão nas fronteiras do exclusivismo.
Ana recebe a inspiração, Flavia e Fatima desenvolvem o tema livremente. Crescemos juntas e te convidamos para integrar esse trio que sonha em ser orquestra.
Se sentir o chamado, deixe sua viagem nos comentários. Aqui, ele não se perde na linha do tempo. Outros podem ler e aumentar essa corrente. "O Poeta não é somente aquele que escreve, mas sobretudo aquele que interpreta."
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