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Afinidade

um caminho em direção à mesma finalidade!

Ao contrário do que muitos pensam, afinidade não significa ter os mesmos gostos, nem o mesmo temperamento. A palavra "afim" significa uma convergência para a mesma finalidade, ou seja, para o mesmo sentido de vida. 
Ainda na época da faculdade, enquanto eu cursava Comunicação, Ian, cursava agronomia, em Viçosa e ele fazia parte de um grupo da faculdade chamado Apêtti, que estudava a Agrofloresta. Nós estagiávamos  no CTA (Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata Mineira),  que nos ofertou inúmeras experiências junto aos Movimentos Rurais (MST - Movimento dos trabalhadores sem terra, MAB- Movimento dos atingidos por Barragens, Marcha Mundial das Mulheres e Sindicatos dos trabalhadores Rurais). 
Hoje, olhando para o começo da história, percebo que algo em comum já nos movia por dentro. 
Nós éramos amigos e eu fazia parte de um grupo de Arte chamado Gengibre. Ian fazia parte do centro acadêmico de agronomia e preparou um Encontro de estudantes chamado EREA. Em parceria, apresentamos o espetáculo Terra Preta, sinto que nesse momento nós afinizamos mais. 
Queríamos, em nossas buscas, esse contato profundo com a terra, seus cultivos ancestrais, suas práticas ritualística, um alimento que proporcionasse cura. 
Sinto que a luta de Ian se direciona nas lutas camponesas pela valorização dos trabalhadores e de alimentos sem veneno. Por boas práticas na agricultura e a ancestralidade vai nesse sentido: a busca por reconhecimento e valorização das nossas origens, dos povos tradicionais. 

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Lar

um conceito mais abrangente

Somos corresponsáveis na evolução de nossos espaços vivenciais, íntimos e externos!
Com a decisão de começarmos uma vida longe dos centros urbanos, junto à natureza, propus: 
“Uai! A gente não tá na roça? Temos que plantar! Vamos plantar!”
Depois de tanto aprendizado, depois da bagagem de estudo e estágio em Agroecologia, junto à cultura dos pais do Ian, que nunca quiseram plantar com agrotóxicos e a colaboração de amigos que já plantavam seguindo esses princípios, começamos nossas primeiras experiências.
Nossa área recebeu arado de boi, já fazia jardinagem ao redor da casa colhendo nos vizinhos ou na estrada as plantas que achava bonitas para compor o nosso jardim. 

Acompanhei algumas destilações com Carla Emerich, minha vizinha. O sítio dela é muito bonito e ela gentilmente cedeu mudinhas para meu quintal. Os primeiros plantios se deram por mutirão. Ao mesmo tempo, acompanhava as destilações na Carla e colhia as plantas espontâneas na natureza, bem como pedia aos vizinhos que me cedessem seus cultivos aromáticos espontâneas ou podas. Com Carla, realizamos destilações e enviamos os óleos para minha madrinha, Vany Ferraz, analisar. Ela é responsável por esse setor no departamento de química da UFMG. Isso tudo aconteceu até 2018 quando recebi doações de um grupo de mulheres que eu participava e pude realizar o sonho de comprar meu destilador. Buscávamos um processo de vida que trouxesse sentido, preenchimento e felicidade!

A própria história da Cheiro de Deus se tornou possível pelas mulheres e pelos mutirões.


A primeira destilação feita aqui em casa foi do Manjericão plantado em mutirão pela Liga Agroflorestal.


Momento de reflexão sobre os passos.
Só existo por comunhão, coletivo e cooperação.

Cromossomos humanos me encho de dúvidas, medos e sombras,
mas com elas vem a luz, clareza e cura (amor).

Agricultura Sintrópica

Quando fomos apresentados à Agroecologia de Ernst Gotsch, entendemos que se tratava de uma mudança de mentalidade sobre o sistema de agricultura conhecido.
A busca por um sistema natural, regido pela natureza e não pelos interesses dominantes até então vigentes nos encantava.


Plantar para regenerar!
 

O que nos era proposto era uma nova forma de enxergar e rever nossos antigos modelos.

 

No colégio, nos ensinaram que a lei da natureza é regida pelo mais forte (ou "o melhor adaptado").


Na roça, a praga é o grande inimigo do plantador. 

De repente, esse modelo não fazia mais sentido. Ernst Gotsch nos fala de colaboração ao invés de competição, de amor incondicional dentro de um processo onde o plantio é representado por uma gestação.

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Tudo isso era um desafio. A agricultura normal está baseada no que se quer vender e a proposta aqui é voltar aos processos naturais, baseados em camadas e no tempo.


Ou seja, não se pode matar a natureza, fazendo de seus frutos uma mercadoria, criando uma relação estritamente comercial com ela.

Ernst descobriu que, ao lado de uma energia que se dissipa, tem outra que se integra.


O chamado que recebíamos era para trabalhar auxiliando dentro desse processo de integração, de aglutinação, colaborando assim para a regeneração. 

Fica, ainda, a responsabilidade de transmitir às crianças: Se deixarmos de ser um chefe mandão, para ser um humilde colaborador, estamos voltando para os braços da mãe.


Não veja mal a natureza, não a entenda como cruel quando um animalzinho comer outro... A natureza não é regida por competição, crueldade...
 

Tudo está conectado e somos interdependente.


Quando trabalho, sirvo e sinto um prazer interno único! Minha paz vem de lá!

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Agricultura Sintrópica

Sintropia converge ao centro
Amor incondicional e cooperação
Comunicação entre as espécies!


Como cumprir minha função, minha identidade? Onde encontro minha essência? No trabalho cumprindo minhas tarefas específicas para servir.

 

Retomada aos Princípios naturais: o que há em cima, há embaixo!

 

Quanta pretensão...
Espécie inteligente ou parte de um sistema inteligente?

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Quero ser vaso, Personalidade que serve!

A vida acontece etapa a etapa.

 

Organismo, conexão interdependência, malha rede, Cobertura para proteção!

 

Agressores otimizam o processo de auto iluminação pelo autoconhecimento.

 

Comer é meio para a função do ser. É uma motivação para se desenvolver por meio do trabalho, das trocas humanas, aprender a cooperação, a servir, a irmandade.

 

Alegria ou prazer interno quando cumprimos nossa função!

Da união do descendente indigena, africano e europeu esta por nascer uma nova forma de cuidar. Cooperando e honrando nossa história, buscando não repetir os mesmos erros na mente, trazendo pra consciência o propósito do coração.


Na Agricultura fazemos nossa cultura, criamos nossas raízes e produzimos os frutos. 


Na natureza a abundância é senhora, ela faz parte do caminho do agricultor. 
A diversidade é a armadura que protege o corpo das pragas e doenças. 


O verde é o alimento ao coração. 


Desejamos que bons casamentos sejam consorciados na sintropia de se frutificar a vida. 


Vibramos assim nossa fértil abundância. Que cada ser realize suas aspirações mais íntimas na luz, paz e amor!
Caminhos abertos!

Quero agradecer a irmã que a vida me deu, que registrou grande parte das fotografias que compõem o site - Marília Cabral. Conheça seu trabalho: https://www.mariliacabral.com/home

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